E AGORA? ESTOU COM TENDINITE?
A tendinite é um diagnóstico constante no consultório de cirurgia da mão. Na verdade esse acaba sendo um diagnóstico equivocado de quaisquer dores nos membros superiores. A tendinopatia pode ser considerada como qualquer doença dos tendões do punho e dedos, ou ainda de tendões do cotovelo ou ombro. A partir dos sintomas, várias doenças podem ser diagnosticadas.
Causas
São diversas, desde sinovites inflamatórias, infecciosas, ou compressões dos tendões nos túneis fibrosos que eles repousam. Geralmente cada tendão tem um túnel específico, e neles podem ocorrer a inflamação e a longo prazo evoluir para dor.
Sinais e sintomas
A dor é o principal sintoma. Ela acontece em pontos específicos, ou pode ser difusa. Ela piora sempre que se utiliza o músculo doente.
Diagnóstico
O exame físico do médico é a principal forma de diagnosticar essas doenças, com manobras específicas e testes musculares. As tendinopatia podem se dividir em:
- Inflamatórias ou de depósito (doenças reumáticas, por exemplo)
- Compressões em túneis fibrosos (Síndrome de De Quervain, Síndrome da Intersecçao, Dedo em gatilho, Síndrome do Túnel do Carpo)
- Tenosinovites por LER/DORT (Tendinopatia dos Flexores do punho, ou dos dedos)
- Entesites (Inflamação das origens ou inserções dos músculos, como as Epicondilites)
- Mialgia (dores musculares por esforço ou lesões específicas)
Ultrassonografia e ressonância magnética demonstram a inflamação e edema (inchaço) nos tendões.
Tratamento
- Curto prazo – Analgésicos e antinflamatórios são o carro chefe do tratamento, assim como compressas frias ou quentes, a depender da doença. As dores normalmente são resolvidas temporariamente, e aí está o problema.
- Médio e longo prazo – Terapias como alongamento e fortalecimento muscular são a opção para evitar o retorno dessas doenças. Infiltrações locais com corticoides podem ser uma opção.
- Cirurgia – Algumas tendinopatias tem indicação cirúrgica se não tiverem bom resultado com tratamento conservador. As cirurgias normalmente não necessitam de imobilização prolongada, com o paciente retornando as atividades normais em até 2 semanas.
Dr. Vinícius Almeida